sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Marketing de Guerrilha

O Marketing de Guerrilha define-se, segundo o próprio criador do conceito - Jay Conrad Levinson, autor do livro “Guerrilla Marketing” -, como sendo “um conjunto de formas não convencionais de perseguir objectivos convencionais. É um método comprovado de atingir lucros com o mínimo dinheiro". (Fonte: http://www.gmarketing.com/).
A IPA Consulting refere-se a este conceito como “uma técnica de marketing, cujo objectivo é atacar a quota de mercado dos concorrentes.” (Fonte: http://www.ipaconsulting.com/Library/g.asp).

O conceito de “marketing de guerrilha” distancia-se do “buzz marketing”, na medida em que o primeiro é, habitualmente, de baixo custo ou grátis, com vista a promover um produto ou serviço de forma criativa. O segundo, por sua vez, pode ser barato ou muito dispendioso, gerando muito Word-of-mouth. (Fonte: http://marketing.buzzoodle.com/Guerrilla_Marketing_vs_Buzz_Marketing.html)


Ou seja, existem duas diferenças entre estes dois conceitos:
- o “budget”: que é habitualmente reduzido em campanhas de marketing de guerrilha;
- O Word-of-mouth: que nem sempre é gerado em acções de guerrilha.

(Mera curiosidade: O termo “marketing de guerrilha” vem da guerra bélica, ou seja, lutar com poucos recursos e ganhar a guerra. Um exemplo marcante foi a guerra do Vietname contra os EUA. Os norte-americanos tinham porta-aviões e milhares de soldados bem armados. Do outro lado, os guerrilheiros vietnamitas tinham poucos soldados e armas menos potentes, mas potencializaram o que tinham com um grande conhecimento do terreno. Adaptado à comunicação, e à guerra pela atenção dos consumidores, os EUA seriam as grandes agências do mercado com os maiores orçamentos para desenvolverem as campanhas. Os guerrilheiros seriam as agências mais pequenas que, sem grandes orçamentos, precisam de difundir de forma eficaz a mensagem dos seus clientes. Isto, sem media paga, sem imprimir milhares de flyers, sem fazer um evento no Pavilhão Atlântico… As armas de guerrilha são conseguir o Word-of-mouth e media espontânea. (Fonte: Marketeer, Novembro de 2008)

Vantagens:
- Implica a utilização de poucos recursos (orçamento baixo, duração curta);
- Espalha a mensagem de forma mais espontânea e, portanto, mais apelativa;
- Fomenta o desenvolvimento de um relacionamento mais próximo com clientes e parceiros; a)

Desvantagens:
- O Marketing de Guerrilha não é para os “mais sensíveis”. A publicidade, pelo contrário, utiliza um número de variáveis que lhe permite garantir que nada é efectivo, não sendo tão exacta, e consequentemente, tão arriscada (permite uma maior subjectividade). É de lembrar que é mais fácil perder um cliente do que ganhar; – a)
- Não é possível quantificar com clareza os efeitos de uma campanha deste tipo;
- O Marketing de Guerrilha implica um nível elevado de dedicação e energia; - a)
- Não é uma técnica com efeitos de curto prazo; - a)
- Existe a possibilidade de as acções chegarem a outros públicos que não aqueles que eram efectivamente pretendidos.



a) http://ezinearticles.com/?Advice-On-Advantages-And-Disadvantages-Of-Guerilla-Marketing&id=528151)


Exemplos:


A OREO criou uma acção de guerrilha, onde era criada a percepção de haver uma bolacha mergulhada no leite, cada vez que o elevador parava num piso.






Outro exemplo igualmente engraçado mas que, na minha opinião, é bem mais arriscado: como forma de promover o jogo "Cluedo" - o clássico jogo de detectives - foi colocado um sabonete de cor vermelha numa casa-de-banho pública, cujo objectivo era, ao lavar-se as mãos, criar-se a percepção nos utilizadores de ficarem com sangue.



Nota: ver o seguinte link.

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